quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Volta, ' AR ' !

...

Quando menos esperar
Voltarei, sou de voltar
Assim quando tu menos esperar
Também sou de beijar, quando voltar
Vou te colocar lá no alto'AR da minha casa, abraçar
Fazer um drama, dizer que te amo
Só quando voltar
Vou poder gozar.


...

Pequeno léxico de palavras incompreendidas

Quando a vontade de partir bate, penso na força de ficar, que só faz aumentar o desejo de gritar.
Cansada das mesmas árvores, pessoas, ônibus. Tenho a sensação de que estou o tempo todo respirando o mesmo oxigênio, ele está sendo reciclado nessa enorme bolha de agonia que tenho vivido. Uma contravenção enorme, o sorriso que estampo junto com o olhar calmo que lanço, vem da mesma matéria que tem uma alma implorando para sair, é como se não estivesse cabendo mais em mim. Está na hora de sair dessa matéria, hora de mudar o casco, tirar a pele. Medo de descobrir que fora dessa pele, estando toda para fora, ainda exista o vazio. No fundo esse vazio me fascina. Encanta. Seduz. E saindo, estando para fora, em carne e viva, em vida, em mim, encontre um todo, ou tudo que procuro, ou o nada que de fato eu queira. Falar dos quereres quando não quero, isso também é agonia.