sábado, 19 de junho de 2010
Quase Toda
‘ A chuva de Verdades que lavou a alma da menina que cansou de mentiras. ‘
Então sai da casa dela estava chovendo levemente.
Defini aquele aviso de temporal como gotas serenas de vida
Fiquei
Ônibus finalmente surgiu ao longe.
Pedi parada, subi, sentei.
No exato momento que havia sentado estava tocando RadioHead no Mp3.
Descobri que não é muito legal ouvir RadioHead chovendo e ainda mais quando você acaba de decepcionar-se.
Contudo, foi interessante a sensação de verdade.
A viagem continuou, sabia que ao descer iria ter algumas opções para não chegar à casa molhada.
-Podia ligar pra minha mãe do ônibus e ela iria esperar na parada com o guarda-chuva.
-Ficar esperando na parada, pelo menos estiar um pouco.
-Ir pra casa do amigo mais próximo e esperar parar de chover lá.
Optei por sair andando na chuva até em casa.
Desci do ônibus, Mp3 no ouvido ainda [não quis desligar apesar da chuva], pasta na mão direita, bolsa pendurada no ombro esquerdo, óculos tirado e colocado na bolsa.
Foi a melhor sensação da semana, sentir aquelas gotas de verdade rasgarem velozmente o ar e pararem em mim.
Divino, me senti quando criança, literalmente.
Fui pelo caminho mais longo, não queria chegar a casa. Desejava, clamava mais chuva, nos ouvidos estava John Lennon - Stand By Me [The Beatles].
Quando acabou a música fiz questão de parar na chuva tirar o Mp3 do bolso e colocá-la novamente. Fiz isso umas quatro vezes, dando volta no quarteirão.
Não havia nenhum indivíduo na rua. As pessoas sumiram.
Já estava completamente molhada quando resolvi tirar as sandálias e andar descalça pela rua. Nossa como foi nostálgica sentir o asfalto daquelas ruas. Quanto tempo não andava descalça pelas ruas que me cercam.
Com sandálias nas mãos, completamente molhada, bolsa encharcada, pasta agora embaixo do braço, olhei para cima.
Tentei capturar cada gota com meus olhos.
Queria tanto voltar a ser criança.
Continuei andando, tomei o rumo da minha casa.
Fiz questão de ficar ainda alguns segundos no portão, só sentindo a chuva.
Entrei e fui direto pra de baixo do chuveiro, tentar continuar sentido o que estava há pouco segundos.
Não foi a mesma coisa, nem chegou perto.
Decepcionada, terminei o banho e sentei pra relatar tudo mais ou menos como foi.
Arquivo'Morto {3}
Era.
Tudo atado.
Percebo que não sei de nada.
Entendo que cobranças são realmente desagradáveis.
Que sinceridade por vezes dói e te faz olhar a verdade de frente.
Alguma Verdade crua é como ferida em carne viva.
Evito pensar em muita coisa e seguro as lágrimas.
Quero muito.
Sou totalmente amor.
Mas, sendo assim, o que tenho tido em troca?
Um pouco de entrega?!
Olha pra mim, agora diz se os meus olhos parecem dois rios que jorram dor.
Observa como escorre da minha boca a necessidade de dizer o quanto sou tua.
Ouve as batidas do meu coração e sente como ele vibra todo teu ser.
Seria um dia de comemorações.
Agora com um leve sorriso ao escrever deixei cair à lágrima que segurei durante esse intervalo.
Ela escorre quente e para na minha boca.
Salgada e CALADA.
Por que amar um ser tem sido tão difícil?
Os meus dedos parecem ter vida própria no teclado.
Saem buscando as letras e facilmente expressão tudo que passa dentro do meu ser.
O medo é um companheiro que tem sentado e tomado algumas cervejas comigo.
Tudo bem.
Que o futuro seja um gole de vida com gosto da bebida que tu mais aprecies.
Foi
O vento 'Lá' Vou
Arquivo'Morto {2}
No final nos beijamos.
Isso foi apenas o começo.
Tanto sentir, tanto querer.
As horas passam como vento.
Agora ficar longe de você é simplesmente e facilmente um tormento.
Vamos jantar Rolinho Primavera e Caldo de Cana com Limão?!
Vem cá, segura minha mão.
Faz um cafuné e desse jeitinho todo meigo, deixa ser tua mulher.
Olha como a lua está linda hoje.
Agora ando em tua direção com um sorriso de canto a canto.
Canto pra você e me encanta todo teu ser.
Não tem por que chorar, felicidade agora é nosso Dilema.
O estado de espírito que estou
É
Je t'aime,
Mon
Amour!
Tempo
Hoje mais uma vez acordo pensando em escrever um livro.
Lembrei da época em que estávamos mais um verão em Porto de Galinha, eu e mais alguns amigos. Entre eles havia Nair, uma amiga que tenho saudade quando lembro.
Ela estava a escrever um livro e já tinha várias páginas.
Então antes de dormir eu pedia pra ela ficar lendo, e ela lia tão deliciosamente aquelas linhas.
Hoje, recordando aqueles momentos sinto um aperto no peito.
Como o tempo não dá tempo pra nossas vontades.
E é tortuoso quando temos vontade e dizemos que não temos mais tempo.
Então, sinto uma limitação.
De fato, tudo tem um tempo, ou o tempo é apenas um abismo, no qual vamos aproximando?!
E vivemos correndo pra que dê tempo de fazer tudo.
Durmo pouco por que acho uma perda de tempo.
Faço as coisas ao meu tempo.
Mesmo com toda pressa, consigo chegar atrasada em todos os lugares.
Perco tempo pensando no tempo, confesso.
Mas, naquele exato momento que penso no tempo, o tempo vai comendo aquele momento, e fico assustada, como é devorado todo aquele meu tempo por ele mesmo.
Tudo que faço com o tempo que aproveito, ainda pára pra pensar: ‘ se tivesse mais tempo, o que faria’?!
Agora estou no tempo de amar, peço mais tempo ao tempo pra amar.
Quero passar mais tempo assim, nesse estado de graça.
Tempo pra sentir mais, conhecer mais, desejar mais.
Que todos saibamos aproveitar o tempo e não deixe que o tempo tire proveito.
Arquivo'Morto
Laço
Olha
Pra
Mim
Faz
De
Conta
Que
As
Flores
Vão
Tocar
Letra
Por
Letra
Desse
Poema
Que
A
Te
Dedico
E
Agradeço
O
Cupido
Quando
Tu fazes
Esse
Bico.
Enfim
Nos
Entre
Laça
Amamos
Passado.
Juro que não queria escrever isso que vou.
Certas coisas precisam e devem ficar apenas dentro de cada um.
São nossos demônios internos, pensamentos e desejos que merecem ser respeitados pra dentro.
Pra começar quero que me perdoe por ser tão humana assim.
Faz parte, minha natureza é desejar, e é o que tenho feito quando penso em você.
Chegamos a um patamar onde existe de fato aquela necessidade esplendorosa de manter nossos corpos juntos.
Mas, a mesma mola propulsora desses pensamentos é responsável por toda carne aguçar.
Algumas horas ouvindo tua voz.
Então a cena ficou pronta:
-Vem pro lado de cá!
-Não posso, existe tudo em questão.
-Então deixa ao menos te tocar me beija e com toda certeza vais querer ficar.
-Você é tão convencida. [sorriso]
-Não ficou óbvia a minha intensa e enorme vontade de te ter apenas pra mim?!
Vai entra no quarto, deita aqui junto a mim.
-Estou com medo.
-Sei o quanto você quer ficar quieta, abraçada comigo, então não nega isso pra você mesma. Encosta tua cabeça aqui no meu peito que vou te fazer um cafuné enquanto conversamos.
-Parece tudo tão fácil pra você, mas estou confusa.
-A dificuldade é posta pela sociedade que te cerca. Pensa como uma menininha vai ver como tudo realmente é fácil.
-Preciso ser responsável. Gosto de outra pessoa.
-Então o que fazes sem roupa na minha frente se gosta de outra pessoa?
-Mas é de você que preciso.
De'compartilhar.
Distante.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Voyage.
Tenho conhecido alguns sentimentos até então estranhos. Talvez seja apenas o medo do novo. Sei que no fundo estou estável e meu rio corre lento e tranqüilo.
Algumas vezes posso sentir e ver destroços da tempestade passar com a cuidadosa correnteza.
Sensível ao pensar de cada instante.
Informações de um passado recente insistem em tocar meu tudo interno.
Aprendendo a lidar com o que sacode a carne e espreme a alma.
Estou perto da janela observando o céu e nele a lua tímida com seus mistérios, brilha e conversa com meus poros.
Escrevo com sorriso leve e caprichoso. Mato um leão por hora no EU que acredito ser lindo.
Agradeço ao destino por tudo que tem acontecido. Foi rápido e necessário.
Compreendo toda situação a cada instante que já é o próximo.
Ouço o canto dos mudos pensamentos.
Por esses dias sentei na praça do derby e ali fiquei observando a caminhada de muitos.
Quando o vento batia podia sentir o cheiro da chuva misturado com o cigarro em mim entranhado.
Olhei tudo com muito cuidado e apreço.
Vou fazer mais vezes isso.
Olhos lacrimejando.
O ar que tomava conta dos meus pulmões poluídos com nicotina e outros.
Pacientemente preenchidos com um AR mais que leve, puro, limpo, frio. Agora tragava VIDA.
Tenho sido tantas e nenhuma.
Quando começou a chuviscar, levantei meu corpo e andei em direção ao NOVO.
Vontade única de ficar ali, lavar a alma com aquela chuva. Não tive coragem.
Então entrei num simples bar que fica perto da praça.
Sozinha com meus pensamentos, uma doze do uísque mais barato, um cigarro e fiquei observando a chuva cair, ouvindo o delicado som do bar.
Marcou o instante por esse trecho:
“Meu coração tropical
Partirá esse gelo e irá
Com as garrafas de náufragos e as rosas
Partindo o ar”.
Então discretamente passei o dedo em algumas lágrimas que caíram impacientes.
Com a cabeça baixa escorada na mão desocupada, senti a doze chegar.
Olhei para o rapaz que a trouxe, agradeci e o presenteei com um leve sorriso.
Tomei o gole mais companheiro dos últimos tempos.
Apaguei o que sobrou do cigarro e fiquei por mais duas dozes e alguns cigarros naquele providencial BAR.
Há fogo em mim
?
...
Ser.
Inquieta
Oportunidade do beijo demorado.
Abraços apertados.
Senti então que estava só.
Queria desesperadamente o cheiro que há dias não sinto, não tenho guardado
Aprendo
Ontem procurei e não te encontrei.
Percebi o quanto estás dentro.
-Cerveja?!
-Claro, da-me um beijo?!
Ascendo um cigarro então.
Queimando por dentro e por fora, agora sou mais que vida.
Sou o mal do século.
Tristeza inacabada.
Busca apagada.
Desejo assassinado.
Boca ressecada.
Livro desmarcado.
Muro rebocado.
Lágrimas salgadas.
Mãos sem traços.
Sol sem dia.
Poesia sem título.
Samba sem cuíca.
Olhos eternamente fechados.
Língua sem destino.
Sem ti.
Vontade.
Adaptando-me
Não sei por que lembrar de ti causa tanta melancolia.
Sei que nunca estaremos no infinito juntas, sei também que a noite deixa tudo tão mais claro.
Fomos juntas ver o pôr do sol, mas o sol chegou atrasado.
Então nossos olhos cruzaram-se.
Como pode haver tanta ingenuidade?!
Nunca vamos conseguir dizer o que vem e fica na garganta.
...
Voltei, estava fumando um cigarro, quando lembrei do nosso primeiro encontro.
Lembra?!
Era dia de festa, dia de alegria, e contemplei um abraço teu.
Ainda tenho na memória teu sorriso com gosto de maresia.
A noite entende que não somos complementares.
Somos similares.
Saudade do teu corpo envolvido no meu abraço.
Amanhã talvez entendas que...
Ah!
É tarde, tenho que dormir.
...
Outro cigarro.
Dá-me Tempo
Cinco Meses de Namoro...
Pouco Tempo?!
Quanto seria Muito Tempo?!
Tempo necessário, para Você pensar Quanto tempo, é de fato, muito tempo.
Sei que faz tempo que não penso no tempo.
E vivo amando o tempo que passamos juntas.
O tempo que penso em Você.
O tempo que passo apenas o Tempo te Olhando.
Quero mais tempo juntas.
Mais tempo amando.
Mais tempo para gozar.
Menos Tempo para as brigas.
Contando quanto tempo faz que o tempo já não seja importante.
Tenho um tempinho ainda, e a ele dedico à última frase:
Que o Tempo nos permita mais tempo de Amar.
CurTa' Meu 'CurTa
Quanto de fúria?
Mesma quantidade de amargura.
Se oxigênio faltasse, serviria ½ Palma de Beijos.
Duas noites numa madrugada.
Lambidas, mordidas, confessar, conversar.
Sou de um todo orgasmo.
Do líquido que jorra, beberia toda ‘Ela’.
Posso ver a luz do poste que brilha.
Ouvindo o CD que trilha.
Olhos tentando encontrar os teus no escuro do quarto.
Último gemido.
Sensação incrível.
Tão ofegante.
Corpos quentes, entrelaçados, C-O-N-E-C-T-A-D-O-S.
Então falei:
-Preciso de um copo com água.
Quando ‘Ela’ falou:
-E eu de você SEMPRE mais que perto.
...
...
Nada de cobertas
Nada do incrédulo do teu amor
Nada das nossas promessas concretizarem
Nada mais nocivo que tua paixão
Nada menos cínicos que teus olhares.
Nada daquilo que buscamos por todo esse tempo.
Nada das curvas tornarem retas
Nada do mar ganhar cor.
Nada modificado no mundo pela janela.
Nada de canções
Nada de tua mão tocar meu corpo.
Nada moralmente certo.
Nada lógico.
Nada travado na boca.
Nada cristalino ou divino.
Nada por palavras desenhadas.
Nada explicado.
Nada buscando nuvens.
Nada tocando nossa concepção.
Nada violando minha identidade.
Nada dedilhando o velho violão.
Nada harmonizando o ambiente rotativo de vultos loucos.
Nada do chinelo envelhecer.
Nada condicionando minhas entranhas.
Nada do caixão fechar.
Nada publicamente lindo.
Nada politicamente artístico.
Nada do ócio criativo mostrar-se.
Nada escorrendo pelo rosto.
Nada da solidão largar-me.
Nada mutuamente decidido.
Nada parecendo simples.
Nada me amando.
Nada idealizando.
Nada da obsessão por ti parar.
Nada criticando.
Nada enfatizando.
Nada locomovendo este caderno.
Nada ventilando meus cabelos.
Nada suspirando por meu sorriso.
Nada tira de mim que és meu TUDO.'
Renascer
Elevo-me as alturas,
De um pensamento sublime e calmo.
E como se navegássemos sem barreira a dor da agonia e desabo em prantos.
Parece-me que aquela solidão me acalma me preenche.
É como se estivesse acompanhada de uma infinita dor.
E aos poucos balbucio.
Aquelas vozes em que as paredes ecoam parecem caminhar, e ao ouvi-las minha amiga reciprocamente me afogas com o teu amor e perdão.
Nada me respondes, apenas deixa que a experiência de um acontecer se aperfeiçoe em meu ser.
E caminhando por estradas a fora, chega ao peito à confiança de não está só.
Tu me acompanhas, iluminas o caminho.
Amanhã talvez eu necessite novamente conversar contigo.
Mesmo sabendo que às vezes tu me deixes cair em prantos e revoltas.
Mas minha amiga desabafar em voz alta e ter certeza que me ouves é como, Flutuar no alívio, é como, ’RENASCER’.
Quero
Eu quero entender o porquê do entendimento.
Eu quero o gosto do inesgotável.
Quero o dia sem a luz do ‘Dia’.
Quero sim no lugar do não.
Eu quero abraços, não tiros de armas perdidas nesse universo de inconstância.
Eu quero a poesia dos palavrões.
Quero sonho não realidade.
Quero amor não voracidade.
Eu quero o ‘Marco Zero’ para quê dinheiro?
Quero a vida sem a morte.
Quero a alma não a carne.
Eu queria poder querer mais.
E quero.
Quero Paz.