sexta-feira, 18 de junho de 2010

...

' Nada de descobertas
Nada de cobertas
Nada do incrédulo do teu amor
Nada das nossas promessas concretizarem
Nada mais nocivo que tua paixão
Nada menos cínicos que teus olhares.
Nada daquilo que buscamos por todo esse tempo.
Nada das curvas tornarem retas
Nada do mar ganhar cor.
Nada modificado no mundo pela janela.
Nada de canções
Nada de tua mão tocar meu corpo.
Nada moralmente certo.
Nada lógico.
Nada travado na boca.
Nada cristalino ou divino.
Nada por palavras desenhadas.
Nada explicado.
Nada buscando nuvens.
Nada tocando nossa concepção.
Nada violando minha identidade.
Nada dedilhando o velho violão.
Nada harmonizando o ambiente rotativo de vultos loucos.
Nada do chinelo envelhecer.
Nada condicionando minhas entranhas.
Nada do caixão fechar.
Nada publicamente lindo.
Nada politicamente artístico.
Nada do ócio criativo mostrar-se.
Nada escorrendo pelo rosto.
Nada da solidão largar-me.
Nada mutuamente decidido.
Nada parecendo simples.
Nada me amando.
Nada idealizando.
Nada da obsessão por ti parar.
Nada criticando.
Nada enfatizando.
Nada locomovendo este caderno.
Nada ventilando meus cabelos.
Nada suspirando por meu sorriso.
Nada tira de mim que és meu TUDO.'

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