sexta-feira, 18 de junho de 2010

Estranho

...

' Acordei e parecia que não havia o feito!
Tudo estava na mesma inércia.
Sem vontade de abrir os olhos e enxerga o que aquele estranho mostrava.
É, estava acompanhada e ao mesmo tempo em que sussurrava ao meu ouvido, sua mão maliciosa percorria os mais sórdidos lugares do meu corpo.
Havia acabado de acorda, estava relativamente fraca.
O desejo do estranho dominava o ar frio e cálido do quarto recém pintado.
Não tinha forças para lutar contra sua enorme vontade.
Durante todo o tempo em que estava apalpando-me, não parei de pensar naquele domingo.
Quando nos conhecemos tudo era tão fantástico.
O amor é fantástico.
Parece então que o encanto acabou.
Não tenho nada além de lembranças que insistem em mostrar-se.
Pela janela observei o céu.
Tão anil e triste.
Parecia não ser o mesmo céu de quando nos beijamos pela primeira vez.
É definitivamente não era.
Cada vez mais ofegante e transpirando desejo.
Podia sentir seu hálito de cigarro com café.
Provavelmente já havia levantado antes.
Resisti a seu beijo.
E com um gesto desesperado ele pôs o membro para fora.
Não havia mais resistência da minha parte.
Queria fugir daquele quarto.
Olhei para toda a situação, desesperada empurrei-o indo em seguida ao banheiro.
Quando voltei nossos olhos cruzaram-se e naquele instante o matei.
Sim.
Queria sair, fugir daquele lugar.
Peguei meus pertences e fui direção à porta quando ouvi:
- Quando nos veremos?!
E olhando de lado já segurando a porta disse:
- Quando conseguir olhar para você de novo.
Baixando a cabeça aquele estranho calou-se.
Sai. '

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